terça-feira, 24 de maio de 2011

Psicopedagogia Hospitalar

O que significa psicopedagogia hospitalar?

Diz respeito às reflexões e práticas que levam em consideração os padrões normais e patológicos, tendo em vista a influência do meio – família, escola e sociedade – o desenvolvimento psico-sócio-educacional e físico dos pacientes.

O que faz o psicopedagogo no contexto hospitalar?

A proposta da Psicopedagogia Hospitalar é ser o interlocutor, não só de crianças, mas também de todos aqueles que passam por internações, sejam elas de curta, média ou longa durações, doenças crônicas e de pacientes terminais. Os psicopedagogos hospitalares, embasados na técnica e na prática, utilizam todo o seu conhecimento para criar um mundo onde as pessoas se preocupam umas com as outras.

Compete ao psicopedagogo hospitalar:

Intervir nas instituições de saúde, integrando equipes multidisciplinares, colaborando com outros profissionais, orientando seu procedimento no trato com o paciente e sua família.

Elaborar diagnósticos das condições de aprendizagem das pessoas internadas.

Adaptar os recursos psicopedagógicos para o contexto da saúde, utilizando recursos psicopedagógicos para elaborar programas terapêuticos de ensino/aprendizagem nas situações em que as pessoas estejam com as suas capacidades adaptativas diminuídas por razões de saúde.

Elaborar e aplicar programas comunitários de prevenção de comportamentos de risco e de promoção de comportamentos saudáveis.

Criar e desenvolver métodos e programas psicopedagógicos em contextos de reabilitação psicossocial, para pessoas em recuperação de doença.

Elaborar relatórios de condições terapêuticas de ensino/aprendizagem e outras comunicações.

Orientação ao paciente hospitalizado, com o objetivo de trabalhar não só os conhecimentos básicos, apesar da importância de se cuidar do não afastamento destes pacientes do mundo acadêmico. É importante, no entanto, focalizar o trabalho no desenvolvimento das competências de natureza psicossociais para que o paciente se habilite como agente ativo do seu próprio processo de tratamento, recuperação e promoção de sua saúde.

Dar suporte à família, profissionais e acompanhantes do paciente envolvido.

Quais as contribuições das intervenções psicopedagógicas?

A Psicopedagogia, em qualquer âmbito em que seja aplicada, trabalha as questões ligadas, principalmente, à ansiedade, baixa auto-estima e depressões; minimiza os prejuízos de ordem cognitiva no processo de aprendizagem, facilita a relação saudável do indivíduo com o meio e o prepara para aprender inclusive questões ligadas à sua maneira de ser, limites e potencialidades. Como especificamente, a enfermidade tende a afetar as interações do paciente com o ambiente físico e social em que vive e, por sua vez, os aspectos do ambiente são alterados como conseqüência da enfermidade, a capacidade de conhecer sua nova situação e gerenciá-la de modo otimista, produtiva e saudável pode fazer toda diferença na realização futura dessa pessoa, especialmente aquela que é hospitalizada por longos períodos.
Ao se atender o paciente hospitalizado com a intervenção psicopedagógica, cria-se um mecanismo protetor para neutralizar as adversidades inerentes à condição de enfermidade e hospitalização. Uma eficiente intervenção psicopedagógica facilita o desencadeamento do processo de resiliência, que consiste na habilidade de superar o efeito das adversidades e do estresse no curso do desenvolvimento.
A Psicopedagogia é fundamental ao paciente hospitalizado para manter os laços com os conhecimentos básicos e desenvolver as competências de natureza psicossocial. A escola e a aquisição de novos conhecimentos são, para a criança, meios de ser inserida e reconhecida no meio social, necessários para sua avaliação como pessoa.
Havendo uma internação, parte desse processo tende a ser bruscamente interrompido e, por vezes, por longos períodos, alterando sua auto-imagem e auto-estima e as suas possibilidades de voltar a se inserir no mundo escolar. Além disso, a doença, quando não compreendida pelo paciente causa duplo sofrimento, pela doença em si e pelo afastamento de seu meio de convívio e desenvolvimento educacionais, sociais e profissionais, visando uma melhor qualidade de vida ao grupo.


Disponivel em:
http://clinicapsicopedagogica.blogspot.com/2009/01/psicopedagogia-hospitalar.html

quinta-feira, 12 de maio de 2011

GUIA DA BRINQUEDOTECA -Atribuições do Coordenador


• Planejar, avaliar e zelar pelo cumprimento do regulamento da Brinquedoteca.

• Dirigir e elaborar projeções de trabalho coletivo com professores e alunos, a longo, médio e curto prazo, sobre o trabalho metodológico, as tarefas de iniciação científica e demais atividades que garantam a missão e o objetivo que se propõe alcançar na Brinquedoteca.

• Organizar e controlar o trabalho do Brinquedista.

• Orientar o Núcleo de Apoio Pedagógico, a programação de eventos de atividades, a escolha e aquisição de novos brinquedos e equipamentos, o contato com instituições e brinquedotecas.

• Acompanhar a catalogação, marcação e classificação dos brinquedos;

• Acompanhar o registro de rotinas.

• Elaborar junto com a equipe de trabalho as atividades do mês.


• Apresentar relatório ao colegiado das atividades realizadas na Brinquedoteca ao final de cada bimestre.

• Dar assessoria técnica e pedagógica ao brinquedista.

• Promover e realizar eventos, com projetos de pesquisas, ensino e extensão.

• Participar de eventos que colaborem para melhor formação profissional da equipe.

• Alimentar o banco de dados da instituição ao que se refere à Brinquedoteca.



(http://www2.unopar.br/sites/brinquedoteca/index.html)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O brincar no hospital e a aderência ao tratamento

Vera Barros de Oliveira

Parte inerente do meio sociocultural onde se insere, o ambiente hospitalar algumas vezes contudo, manifesta claramente uma cisão com a vida que continua do lado de fora, com o quotidiano das pessoas que se internam. É como se constituísse um hiato espaço-temporal, uma ilha ambiental, na qual o cuidar da doença lhe autorizasse a cortar laços , abolir costumes, ignorar desejos.
O risco da internação hospitalar mal conduzida é particularmente danoso quando se trata da criança, uma vez que esta, para assegurar seu desenvolvimento, precisa manter firmes seus vínculos familiares, sociais e escolares. Estratégias que favorecem a preservação e manutenção de atividades lúdicas prazerosas, a que está acostumada, vêm portanto a contribuir para sua aderência ao tratamento, uma vez que criam condições de manter viva em si a alegria do dia-a-dia e do convívio com o outro.
O organismo humano pode ser visto como um dos mais complexos sistemas. A Teoria dos Sistemas Dinâmicos (Prigogine, 1996; Guess & Sailor, 1993) nos propõe uma visão mais ampla e dinâmica da realidade, na qual a experiência do momento atual se insere na trajetória da vida como um todo e supõe a capacidade do organismo de se auto-regular, de se sentir vivo, interativo e atuante no meio onde vive.
(Fonte: OLIVEIRA, V.B. O Brincar no Hospital e a Aderência ao Tratamento. In: M.M.M. SIQUEIRA; fotos.N. JESUS & V.B.O. OLIVEIRA (Orgs.) Psicologia da Saúde – Teoria e Pesquisa (2a.ed.). São Bernardo do Campo: Metodista, 2008. Pp. 199-218.)