quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A Brinquedoteca Hospitalar como Intervenção Psicopedagogica

A educação hospitalar da criança e do adolescente representa um novo desafio à educação, especificamente ao psicopedagogo, que, devido sua formação interdisciplinar é um dos profissionais mais aptos a esta modalidade (THOMESENT, 2008,p.8).A psicopedagogia ao longo do caminho se apresentou como área que trabalha com as dificuldades de aprendizagem nos seus padrões normais ou patológicos, considerando a influência da família, da escola e da sociedade no seu desenvolvimento, utilizando técnicas próprias. Seu objeto de estudo é o ser, que apreende a realidade, e constrói o seu conhecimento, aprendendo.Através desta proposta no âmbito hospitalar a psicopedagoga trabalha com a criança através dos jogos e brincadeiras , para o aprimoramento de sua aprendizagem.

Segundo Azevedo apud Bomtempo (1998), o brinquedo faz parceria com a criança na bricadeira. Ao se observar a criança brincar, poder-se à obter uma serie de informações sobre ela .No comportamento diário das crianças o brincar é algo que se destaca como essencial para o desenvolvimento e aprendizagem. Dessa forma, se quisermos conhecer bem as crianças ,devemos conhecer seus brinquedos e brincadeiras (AZEVEDO apud BOMTEMPO,2000,p.129).Como todas as demais instituições estruturadas em função da criança, a brinquedoteca traz, em seu interior, uma concepção, de infância que determina a sua organização, o seu uso, a distribuição do tempo e as atividades por ela proporcionadas, emergindo práticas psicopedagogicas concretas (AZEVEDO, 2004,p. 65).Por isto na brinquedoteca, o brincar vincula-se ao planejamento de oportunidades de aprendizagem e de outros tipos de manifestações comportamentais e subjetivas adequadas para cada criança (AZEVEDO, 2004,69).

Cabe ao psicopedagogo hospitalar interagir com os demais profissionais responsável pelo tratamento da criança, orientado estes a entender o estado emocional destas crianças tornando-se mais íntegra a relação paciente - medico ou paciente - enfermeiro. Este envolvimento pode ser realizado através de palestras, projetos e conversas informais que enfatiza o brincar hospitalar como importante instrumento para o desenvolvimento e aprendizagem da criança.Assim é necessário que os brinquedos e as brincadeiras provoquem a participação coletiva e desafiadora à criança na busca de encaminhamento e resolução de problemas. No mais, se faz necessário que se tenha em mente que, na brincadeira, as crianças produzem e reproduzem diversas formas de conhecimento. Portanto é importante estabelecer relações concretas entre o lúdico e o ensino dentro da brinquedoteca, em que nessas ligações com o lúdico, o processo de ensino-aprendizagem torna-se cada vez mais acessível às crianças.

Contudo o psicopedagogo hospitalar é aquele que faz diferença, trazendo o sentimento de valorização da vida, amor próprio, auto-estima, aceitação e segurança, recuperando estes prazeres e garantindo a construção dos conhecimentos que estariam acontecendo em ambiente escolar. Afinal, a aprendizagem é um processo tão amplo e grandioso que ocorre através de interações, em qualquer lugar (THOMSEN,2008,P.13)


- Parte da Monografia apresentada no curso de psicopedagogia: Autoras: Poliana Coelho e Fabiana Maria de Oliveira

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Diversão é saúde Mental

Não é só a garotada que acumula conhecimentos com a prática: os adultos se libertam do estresse e abrem novos horizontes. “O brincar e o lazer são essenciais para a manutenção da saúde física, mental e emocional”, .
Dentre os benefícios, fazem parte: a reorganização emocional o contato com novidades o aprimoramento do intelecto e da socialização, entre tantos outros
Por meio das brincadeiras, aparentemente descompromissadas, a criança aprende sobre o mundo
Não é à toa que na Declaração Universal dos Direitos da Criança, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), publicada em 1959, está como um dos direitos principais “desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras, os quais deverão estar dirigidos para a educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício desse direito”.

http://psicopedagogavaleria.com.br/cursos/

sábado, 11 de dezembro de 2010

Feliz Natal....



Que este Natal seja um momento especial, que Jesus esteja presente em nossos corações. Que as palavras pronunciadas por Ele, há dois mil anos, possa encontrar lugar em seu Espírito. Com a simplicidade, o trabalho e a confiança em Deus essência dos ensinos de Jesus, que o Natal ganhe um novo significado em nossas vidas.

Para que brilhe a Nossa luz. Para que cada um de nós seja aquele que semeia a paz, que vivencia o amor universal.

Feliz Natal para as estagiarias, funcionários e coordenadores do HSS e para todos que admira este trabalho

sábado, 4 de dezembro de 2010

Mais um motivo para não esquecer o brincar pedagógico

As recentes descobertas sobre a formação do cérebro humano provocaram uma revolução nas pesquisas sobre o processo de aprendizado. Influenciaram e modificaram toda a estrutura de ensino dessa faixa de atendimento infantil. Abriram novas perspectivas para o desenvolvimento intelectual e emocional da criança e levaram à reformulação do currículo das escolas infantis. O neurobiologista Harry Chugami, da Universidade de Michigan, adverte: “O currículo das escolas tradicionais está fora de sincronia com as teorias modernas sobre aprendizado infantil, porque subestima a capacidade das crianças. A pré-escola desperdiça o potencial infantil de aprendizagem, porque exige pouco, e mantém baixas as expectativas sobre o que as crianças são capazes de entender”.

As descobertas provocaram mudança de mentalidade e passou-se a diminuir a idade em que a criança começa ir à escola. Descobriu-se que o melhor período para desenvolver o potencial da criança é de zero a 3 anos; o melhor período de aprendizagem ocorre dos 2 aos 10 anos. Ao entrar na pré-escola, metade do processo de desenvolvimento do cérebro da criança já está concluído. Há duas décadas atrás, o cérebro de uma criança de 5 anos era visto como uma fita semivirgem, que registrava tudo que fosse ensinado pelos professores.

Acreditava-se de que até os 6 anos a criança deveria apenas brincar, quando, hoje, sabemos que a estimulação precoce altera a maneira e o grau de aprendizagem infantil. Brincar é importante, é o laborató-

rio natural da afetividade, da sociabilidade, da ética e serve de suporte para uma adequada estimulação, mas, não ficar, apenas, no brincar.

Limitar experiências na pré-escola é desperdiçar o melhor período de aprendizagem da criança.

É na interação com o meio em que vive que a criança constrói o conhecimento. Novas metodologias, novas abordagens didático-pedagógicas do conteúdo começam a surgir. Educação infantil amplia conceito de pré-escola e esta passa a assumir papel formal no processo de aprendizagem. O envolvimento com a leitura e a escrita começa muito cedo, desde o maternal, assim como a formação ética e moral.

A denominação pré-escola, embora usada oficialmente, é rejeitada pelo educadores que consideram este período fundamental para o desenvolvimento intelectual da criança, desenvolvimento que se dá através de estímulos táteis, visuais e auditivos, aproveitando todo o potencial da criança. Ela não é pré, já é escola.

Hoje, sabemos da importância de trabalhar conceito e não conteúdo. Pelo conteúdo, a criança vai memorizar o conhecimento; pelo conceito, vai incorporá-lo. “Em vez de memorizar tabelas de multiplicação, crianças de até 4 anos devem estar “brincando” com conceitos de matemática e lógica. O importante é que as crianças entendam o conceito cedo. As fórmulas ficam para mais tarde”, diz o pedagogo Sam Houston, encarregado de reformular o currículo das escolas primárias da Carolina do Norte, nos EUA.

Crianças de até 8 anos devem ficar sentadas o mínimo possível, porque elas aprendem por experiência, na prática, vivendo o que está sendo ensinado, permitindo ao cérebro relacionar os fatos.

Os anos 90 estão sendo conhecidos como a “década da pesquisa cerebral”, devido às inúmeras descobertas sobre o desenvolvimento do cérebro. Aparelhos que captam imagens do interior do corpo humano em funcionamento, os “scanners”, trouxeram, entre muitas outras, duas descobertas importantes: a) o cérebro usa o mundo exterior para se moldar; b) existem períodos críticos em que as células cerebrais – os neurônios – precisam de determinados estímulos para desenvolver habilidades como visão, coordenação motora ou linguagem. Esses períodos passaram a chamar-se “janelas de oportunidade” e vão do nascimento até por volta de 12 anos de idade. Até o início da década de 80, só era possível estudar o cérebro de pessoas mortas.

Não se sabe com precisão em que idade as “janelas de oportunidade” se fecham, mas os cientistas são unânimes em afirmar que a maior parte delas se abre nos primeiros meses de vida. Descobriu-se que as “janelas de oportunidade” – período em que se formam as conexões entre os neurônios – para aprender, por exemplo, um segundo idioma só se fecham aos 6 anos e o período ideal para aprender música começa aos 3 e vai até os 10 anos. Crianças de 5 anos, se corretamente estimuladas, conseguem entender conceitos matemáticos, como volume e densidade, falar mais de um idioma, tocar instrumentos e chegar a ler partituras.

Os cientistas colocam dois fatores determinantes na interação da formação do cérebro infantil: genes e ambiente. Os genes são responsáveis pela estrutura do cérebro e o ambiente, pelo seu funcionamento. As experiências vividas pelo bebê, do nascimento aos 6 anos, determinam seu futuro emocional e intelectual. A outra parte desse futuro é determinada pela carga genética herdada dos pais.

A ciência mais uma vez dando o seu recado, integrando o processo

psico-pedagógico da aprendizagem.

Prática pedagógica

Izabel Sadalla Grispino